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Causas da mortalidade das startups brasileiras

Não há novidade no entendimento de que a empresa é peça fundamental para o funcionamento e desenvolvimento do sistema capitalista, e o sucesso dela determina o impulso de uma economia.

Também não é nova a percepção de que o empreendedorismo permite a criação de novos produtos, métodos de produção e modelos de negócio, abrindo novos mercados. Schumpeter postulou essas ideias na década de 40 e, ainda hoje, elas são uma das principais referências sobre o tema.

Nova, no entanto, é a percepção de que temos hoje uma forma de empreender diferente das empresas estabelecidas até a década de 90. São as chamadas startups, com características bastante particulares, tanto no que diz respeito à forma de criação e objetivos quanto ao contexto no qual são criadas e se desenvolvem.

Para Eric Ries, a startup é uma instituição desenhada para criar um novo produto ou serviço, em condições de extrema incerteza, que tem na inovação (tecnológica, de produto, serviço, processo ou modelo de negócio) o centro de suas operações. Julie Meyer agrega a percepção de que elas normalmente começam pequenas, mas pensam grande e, devido ao ao grande potencial inovador destas empresas, apresentam probabilidade de crescimento exponencial em pouco tempo.

As startups podem mudar a curva de uma economia inteira, quando conseguem permanecer no mercado. Esse é o grande desafio. Como assumem o risco de inovar desde a concepção do negócio, enfrentam desafios bastante particulares para se manterem no mercado e, de fato, atingir o crescimento exponencial do qual fala Julie Meyer

Nesse contexto, torna-se relevante compreender quais são os determinantes de sucesso e fracasso das startups, negócios que, por estarem inseridos num contexto tão novo e possuírem características tão peculiares, pouco podem usufruir do conhecimento, até então, produzido sobre o empreendedorismo tradicional.

Nesse sentido, listamos aqui algumas causas de mortalidade das startups no Brasil.

  • Aceitação do produto/tecnologia/serviço comercializado pelo mercado
  • Sintonia entre os fundadores
  • Capacidade de adaptação dos gestores às necessidades/mudanças do mercado
  • Falta de comprometimento, em tempo integral, dos fundadores com a startup
  • Não alinhamento dos interesses pessoais e/ou profissionais dos fundadores
  • Falta de capital para investir no negócio

A descontinuidade de empresas startups no Brasil está mais relacionada com aspectos do ambiente em que estão inseridas e a estrutura determinada no momento de sua concepção, do que com as características do próprio empreendedor – nível de escolaridade, presença na família de exemplos de empreendedorismo, capacidade de networking, conhecimentos e experiências específicos na área de gestão ou relacionados ao negócio da empresa.

O empreendedor de startup deve ficar atento a três aspectos principais da empresa, no momento da sua concepção: o número de sócios envolvidos, o volume de capital que será investido e o local onde a empresa estará instalada no início das operações. Estar instalada em uma aceleradora, incubadora ou parque tecnológico representa um fator de proteção para a sobrevivência da startup

 

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